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Jardim

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Mosteiro de Tibes


A norte do Passadio levanta-se, implantado sobre uma plataforma octogonal elevada, o Jardim de S. Joo. Ladeado por alegretes tem oito canteiros contidos numa "sebe" de cantaria de granito e no meio um chafariz de pedra lavrada, outrora pintada e dourada.
Todo o conjunto, incluindo a fonte de pedra lavrada com o cordeiro lanando gua pela boca do meio do passadio, obra do mestre pedreiro Manuel Fernandes, da Cidade de Braga.
Concebido inicialmente como uma varanda sobre a Cerca, com assentos, canteiros de flores e uma fonte alimentada pela gua da mina da Cabrita, conduzida at ao Mosteiro por aquedutos e arcos de pedra, foi remodelado em 1727. Altura em que, transferindo parte da fonte original para o patamar de S. Bento, construram outra "por tal forma e arte que do ptio della se veem as ortas e pomares que se no viam dantes pelo que nella estava ser mto larga e tomar toda a vista"
desse tempo com certeza que lhe vem o nome de Ptio do Galo, derivado da Imagem de S. Pedro e do Galo, esculpido no granito, donde brota a gua.
Em 1801, com a construo de uma escada e a abertura de uma rua ornada dos lados com canteiros e buxos aparados, ensombrada por uma latada que corria e atravessava todas as hortas, transformaram-no em sada para a Cerca.
A Cerca de 40 hectares, a maior cerca monstica preservada em Portugal, nica no seu gnero uma vez que combina funes agrcolas e de mata com o jardim barroco.
Tal como o Edifcio, tambm a Cerca, situada nas faldas do Monte de S. Gens na sua encosta norte virada ao rio Cvado, sofreu profundas alteraes ao longo dos tempos. Encimado pela Capela de S. Filipe, o Monte de S. Gens ocupado a meio pela Capelinha de S. Bento e ao fundo pelo Mosteiro. Ocupado actualmente por Pinhal e Eucaliptal s dentro da Cerca do Mosteiro a vegetao climcica consegue ir recuperando o seu espao secular, servindo de refgio e habitat a centenas de espcies da nossa Fauna e Flora. Podemos aqui observar entre outras plantas da associao do Carvalho do Norte (Quercus robur), o protegido Azevinho (Ilex aquifolium),o Loureiro (Laurus nobilis), a Aveleira (Corylus avellana), o Medronheiro (Arbutus unedo), a Gilbarbeira (Ruscus aculeatus) e o Bordo (Acer pseudoplatanus).
As terras do Mosteiro eram muradas. Os muros comearam por envolver os terrenos mais prximos - a "Cerca pequena" e mais tarde fez-se a "Cerca da mata". Este muro com mais de trs metros de altura o que ainda hoje delimita a Cerca. Na Cerca pequena que englobava as Hortas, os Pomares, a Casa do hortelo, a Capelinha de S. Bento, as fontes das Aveleiras, dos Tornos e do Pevidal, os monges, no sc. XVIII, associando o poder econmico esttica barroca, marcante nas obras em curso no novo edifcio conventual, implantaram eixos formados por sebes de buxo, muros brancos e caminhos ensombrados por ramadas, que direccionavam o espao para: um ponto de gua, enquadrado por majestosa fonte ou tanque de pedra lavrada; um percurso pela mata onde a exuberncia da vegetao surpreende; uma "rua das fontes" ou escadrio onde, atravs duma sucesso de 7 fontes trabalhadas, intercaladas por escadas e patamares lajeados, contrastavam nas suas cores e doirados com os pomares envolventes, sobe at ao Jardim e Capelinha de S. Bento. A estrutura deste espao chegou at ns intacta e com vestgios de buxos, rebocos, ramadas e fontes.
Por Jardins do Mosteiro de Tibes estavam designados os espaos do Claustro do Cemitrio, do Claustro do Refeitrio, Jardim de S. Joo, Jardim da Capelinha de S. Bento e Jardim do Jeric. Estes espaos eram trabalhados pelo Hortelo que cuidava tambm dos Alegretes do Passadio e do Ptio do Galo. Os canteiros eram contidos por sebes de buxo ou por cantaria de granito. Vindo de diversas Minas, a indispensvel gua, chegava at estes locais por uma elaborada rede de alcatruzes de barro, caleiros de pedra e canos de chumbo que dotavam as fontes do elemento necessrio a toda uma encenao barroca. Esta corrente esttica que trata o espao de modo a criar iluses, mostrar grandeza e deslumbramento e onde a arquitectura se molda paisagem foi ilustrada em Portugal pelo Escadrio. A ltima grande interveno ainda visvel, ao nvel do construdo, na Cerca do Mosteiro, foi o Lago. Construdo entre 1795-98 "por no haverem guas suficientes para o engenho de serra trabalhar", "de cantaria em volta". A sua forma elptica remete-nos ao barroco final. Alimentado pelas guas de cinco minas este potencial energtico fazia funcionar alm do engenho de serrar madeira , trs moinhos e um engenho de azeite. Os engenhos e moinhos reflectem a importncia da transformao dos produtos agrcolas e florestais. Recordemos que o suporte econmico dos Beneditinos para todas as intervenes operadas nos sc. XVII e XVIII foi a criao e gesto eficiente da estrutura agrcola. Assim a importncia da Cerca de Tibes no se prende s com os seus jardins, mas tambm por ser um exemplo da sbia utilizao da terra, explorada agrcola e florestalmente apoiada por importantes obras hidrulicas.
Atribuido em 1998 o prmio "Carlo Scarpa per il Giardino" atribudo pela Fundao Benetton Studi Ricerche.


ActividadeMuseu Parque
ClassificacaoIIP 1944
AcessoVero: das 10:00 s 12:30 e das 14:00 s 18:30. Inverno: Das 09:30 s 17:30.fecha segunda
DistritoBraga
ConcelhoBraga
Local
Area40ha
Gpsn41.10.3w8.40.43
Site
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